Men Eater – Multitude

28 de Junho de 2007, tinha eu 14 anos, quando fui ao Super Bock Super Rock em Lisboa com os meus manos Davide e JR. Não era, nem o meu primeiro festival nem o meu primeiro concerto, mas sim o primeiro com o grupo de amigos.

Naquela época era mais de punk ou rap, aliás, de metal só conhecia mesmo cenas de nu metal e Black Sabbath. No entanto, como o Davide tinha passado o ano inteiro a comer-me a cabeça para ouvir Metallica, decidi ir ao cyber café e sacar um ou dois discos para começar a ouvir. Duas ou três semanas depois estava tolo pela banda e quando anunciaram a data no SBSR fiz tudo para poder ir.

Arranjamos guito e quem nos acompanhasse, e na madrugada do dia 27 apanhamos o comboio da invicta até à capital.

Além de Metallica, tocava Joe Satriani, Stone Sour, Mastodon, The Blood Brothers, More Than A Thousand e Men Eater.

De todas as bandas, só conhecia 3, de forma que, ao chegar, com toda a pressa do mundo, fui a correr para as primeiras filas esperar pelos The Blood Brothers, uma das três bandas que conhecia e não queria perder.

É nisto, naquela espera, que subitamente entra em palco a primeira banda do Festival. Surpresa a minha quando vejo que são tugas e, ainda maior surpresa, quando começam a tocar. Esse momento, esse instante, mudou a minha maneira de entender a música para sempre.

Foi a primeira vez que ouvi Men Eater e a primeira vez que ouvi um Orange a rugir ao máximo. Tanto a música como o artwork dos Men Eater e dos Mastodon, fizeram-me sonhar e querer algum dia fazer alguma coisa assim. Tanto musicalmente como visualmente. Sem esta banda, Dead Flag nunca teria existido. Foi então a maior surpresa da minha vida quando recebemos uma mensagem do Mike a dizer que, quase 10 anos depois, os Men Eater voltavam, e que queriam que fossemos nós a fazer a capa deste novo álbum. Chorei de alegria, liguei à Mãe como sempre, e abracei a K e os nossos cães. Nunca fiz um trabalho tão feliz.